Carnaval em Aracajú? O que fazer em Aracajú?
Não temos carnaval, anunciou a guia responsável pelo nosso receptivo. O baiano e o carioca vêm para cá se esconder do carnaval, o recifense fugir do frevo. Aqui só tranquilidade…
Éramos nós, eu e meu marido, um paulista e uma carioca desembarcando em busca de descanso durante o feriado.
Depois de cinco dias, dividimos com vocês as 10 razões que nos fizeram ficar positivamente surpresos e encantados:
1. Povo simpático e hospitaleiro
A guia que fez nosso translado até o hotel já anunciava a simpatia e o orgulho de ser aracajuano que encontraríamos em todos os moradores: “Aracajú é a capital de Sergipe, o menor estado do Brasil, pequeno em tamanho, mas não em relevância cultural e econômica para o muuuuuunndo! Temos o quinto maior cânion navegável do muuunndo, muitas plataformas de extração de petróleo e somos o maior produtor de quiabo .”
2 .Cidades com ruas limpas e organizadas
A cidade é super agradável, muito verde e as áreas turísticas muito bem sinalizadas
3. A Orla de Atalaia
Um democrático parque de diversões ao ar livre que impressiona pela variedade de atrações e cuidado com a aparência. Uma suave brisa convida os visitantes para uma caminhada no final da tarde e durante toda a noite.
Por lá você encontra:
- Restaurantes, bares e barraquinhas super variados;
- Centros de artesanato;
- Espaços esportivos: Kartódromos, pista de Skate, quadras poliesportivas, quadra de tênis, lago com pedalinho e aluguel de bicicleta;
- O Oceanário do Projeto Tamar;
- Espaços infantis super coloridos. O Mundo das Crianças é o maior deles.
- Monumentos;
- A Passarela do Caranguejo, uma concentração de barzinhos onde visitantes são recepcionados pelo grande caranguejo. A fila para as fotos é sempre grande, é como tirar fotos com o Mickey na Disney.
- Passeio de Riquixá, as motocicletas indianas viraram divertidos táxis. O passeio custa R$10 e vale as risadas.
Não conheço uma orla tão legal e completa em outros estados do Brasil. Fica lotada e é diversão garantida.
4. Os sabores locais: tapioca, acarajé, carne de sol, queijo coalho, seriguela, cajá.
Tudo é tão gostoso que os moradores orgulhosos colocam seus nomes nas assinaturas, tudo é de alguém.. risos .. É Cozinha Regional De Autor.
As tapiocas são tantas que fica difícil provar todas.
O Queijo Coalho do Cicero, que fica em frente ao Cariri, bar de forró imperdível na Passarela do Caranguejo, é imbatível. “Você quer mole ou não?”, pergunta ele explicando a existência de vários tipos de queijo e que cada um derrete de um jeito diferente, quando aquecidos. Sabedoria popular gastronômica pura! Pena que esqueci de tirar foto.
Dizem que o melhor acarajé é o da Rita, mas como não provei tive que entregar o titulo para o acarajé da Selma, que fica na barraca de praia Paraty.
A doce fruta seriguela, guardada na minha memória de infância (minha família é nordestina), foi repaginada e virou a adulta caipirinha que esteve conosco em vários momentos.
5. Diversas opções de passeios para aproveitar o dia
Todas muito bem divulgados nos folhetos turísticos disponíveis no aeroporto, no hotel ou nas agências de turismo na própria Orla de Atalaia.
Fizemos o passeio até a Croa do Goré, uma pequena ilha de areia branca no rio Vaza- Barris que surge com o movimento da maré e fica acessível apenas 6 horas por dia. O acesso é pelo Mosqueiro, um povoado de pescadores onde você encontra a Orla do Pôr do Sol. De lá partem lanchas ou catamarãs, em viagens de 10 a 15 minutos, que revelam manguezais nativos e vegetação preservada. O translado de catamarã custa R$ 20 por pessoa.
Na ilha, o bar flutuante serve peixe-frito pastéis de camarão e caldinhos de ostra, sururu, feijão, aratu… nas barracas rústicas de sapé.
Também é possível alugar stand up e caiaques infláveis.
É aconselhável chegar cedo, pelas 8:30h em caso de feriado. Assim é possível acompanhar a subida da maré que vai cobrindo o local. Por volta das 13 horas, a ilha já estava praticamente toda submersa e os barcos começam a recolher os visitantes, agora ilhados com água quase na cintura.
É possível fazer os passeios guiados, mas não é necessário. O local é facilmente acessível de carro, seguindo direto pela orla de Atalaia ( aproximadamente 15Km ).
Lembrando que o passeio é rustico e fica lotado em feriados, portanto chegue cedo e leve o bom humor com você. Diversão garantida
6. O Mercado Municipal
São três mercados integrados: o de artesanato, o de especialidades (queijos, ervas, farinhas) e o Albano Franco mercadão de hortifrútis.
Adoro mercados, acredito que são um local de aproximação com a cultura da região e por isso merecem ser visitados.
O local é de fácil acesso e não é apenas uma atração turística, está integrado à vida local.
7. Stand up e outros esportes aquáticos
Para quem curte o SUP, recomendo conhecer a turma do Remada Rosa. Eles ficam no Povoado da Areia Branca, cerca de 4 km antes do Mosqueiro, e oferecem uma opção de passeio menos turística. As remadas pelos mangues da região são conduzidas pelo João Paulo Figueiredo, campeão brasileiro amador de 2013.
Para detalhes veja a página no facebook/remadarosa
Outras opções para aluguel de stand up estão na Orla do Pôr do Sol, para ver o pôr do sol de dentro da água!
Na Orla de Atalaia é possível fazer aulas de surf e nas barracas das praias do sul Kitesurf.
8. Caju Bike – o sistema de bicicletas compartilhadas com várias estações
Para aqueles que, como eu, curtem uma pedalada. É só baixar o aplicativo, colocar crédito com o cartão e sair pedalando. Simples assim, R$ 5 reais por dia.
9. Hotel Radisson e sua piscina com borda infinita
Impossível não mencionar a deliciosa piscina que virou nosso point de final de tarde, pós-praia. Vários mergulhos e cochiladas nas charmosas tendas garantiram o toque de sossego e paz da nossa estadia.
Para reservar o Hotel Radisson, use nosso parceiro Booking.
10. Praias do Sul
Seguindo a Orla de Atalaia, passando por toda a Passarela do Caranguejo, você encontrará uma sequencia de barracas para curtir a praia. Fomos as mais recomendadas e com maior estrutura: Paraty e Com Amor, na Praia de Aruana(10 km de Aracajú). As duas são igualmente legais, com serviço de bar, área de lazer para a criançada e música regional animada.
Sim o mar não é azul, mas não se deixe influenciar por esses comentários, a praia é bonita do mesmo jeito.
Para finalizar não posso deixar de agradecer aos colegas que de forma simpática ajudaram no planejamento da viagem.
Fred Seixas e Ticiana Cardoso, sergipanos que moram em SP e não hesitaram em mandar dicas super organizadas sobre sua cidade natal.
Claudio Goraieb, paulista que mora em Aracaju e complementou a lista.
Infelizmente o tempo não foi suficiente e algumas dicas ficaram para a próxima visita:
- Museu da Gente Sergipana é uma casa tombada no centro histórico que há três anos abriga um espaço falando da cultura do estado.
- Passeio Mangue Seco, primeira praia da Bahia, uns 70 Km de Aracajú . Onde foi filmada a novela Tieta do Agreste.
- Xingó, passeio de catamarã pelos Cânions do Rio São Francisco – na divisa dos estados de Sergipe e Alagoas.
- Santo Antônio ver o pôr do sol tem uma igrejinha lá no alto, depois do Centro da Cidade.
Saldo do feriado: muito descanso e ótimas recordações de uma capital que infelizmente é pouco divulgada como destino turístico, mas que realmente vale a visita e merece ser explorada.
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