VALE DA AOSTA, UM PEDAÇO ENCANTADO DA ITÁLIA: VINHOS INCRÍVEIS NA FRONTEIRA COM SUIÇA E FRANÇA
Escolher o destino de férias não é fácil, são tantos lugares sensacionais nesse mundo que a nossa lista nunca diminui… só aumenta! Rsrsrs! Nas nossas última férias escolhemos passar 20 dias na Itália, visitando 4 regiões diferentes, todas com produção de vinhos com castas italianas nativas: Vale da Aosta, Piemonte, Ligúria (Cinque Terre) e Toscana.
Nesse texto vamos nos dedicar a região do Vale da Aosta, a menos conhecida dentre as demais mas que nos deixou impressionados com sua beleza e com a enogastronomia.
Sobre o Vale da Aosta
O Vale da Aosta está localizado no noroeste da Itália, acima do Piemonte e fronteira com Suiça e França. A principal cidade é Aosta, uma cidade pequena, super aconchegante, com excelentes restaurantes além de pontos turísticos históricos, como o teatro romano de Aosta, o Arco de Augusto e CriptopÓrtico.
A região possui diversos pequenos e médios produtores de vinho além de cooperativas locais. É a menor região produtora de vinhos em termos de área e volume produzido da Itália. Entretanto, a diversidade de uvas é enorme!
Vinícolas no Vale da Aosta
Visitamos 4 produtores locais. A primeira que fomos conhecer foi a Cave do Mont Blanc que está localizada na região de Morgex et de la Salle, aos pés da Montanha de mesmo nome. É uma cooperativa que produz vinhos a partir da uva autóctone ‘prié blanc’, a única cultivada nessa região do Vale da Aosta. As videiras são plantadas no sistema de pergola baixa, o que permite absorção do calor do solo além de proteção de possíveis intempéries climáticas, como por exemplo, vento, geadas.
São produzidos vinhos espumantes, tranquilos e sobremesas que expressam a peculiaridade do seu terroir Degustamos 7 vinhos, sendo 3 brancos e 4 espumantes. Em todos, nota-se a mineralidade marcante e deliciosa!
No mesmo dia a tarde, fomos conhecer outra vinicola, a LO TRIOLET. Ela está localizada na cidade de Introd, próximo ao Parque Nacional Gran Paradiso. O local é lindo e super charmoso e além da vinícola possuem hospedagem. Fizemos a degustação onde experimentamos vinhos brancos, tintos e sobremesa feitos a partir de uvas locais.
Os vinhos são frescos e elegantes e expressam o terroir da montanha. Fiquei encantada com o Nus Valle d’Aosta 2016, que é um corte produzido com 3 uvas locais em diferentes proporções: 50% de vien de nus, 20% de Petit Rouge e 30% de Cornalin. Possui cor vermelho rubi e um aroma inesquecícel de frutas vermelhas, como morango, mineralidade e balsâmico.
No dia seguinte, fomos à Aymaivilles conhecer a vinícola Les Crêtes, que possui tradição vitivinícola de longa data. A vinícola atualmente possui um lindo e moderno salão de degustação e cave onde recebem os visitantes para conhecer mais sobre os vinhos e uvas regionais.
Degustamos 6 vinhos acompanhados de uma tábua de frios e queijos locais. A sequência que seguimos foi: Espumante Neblu – 80% pinot noir e 20% neblu. Muito elegante, fresco e com mineralidade presente; Petite Arvine – no nariz aromas florais e frutados e na boca se ressalta a mineralidade e o frescor; Chardonnay Cuveé Bois – muito elegante com aromas e sabores lácteos e de panificação. Passa em barrica de Carvalho francês; Tourrete Superiore – blend de petit rouge (majoritariamente) e outras uvas locais; Fumin – expressão da uva nativa, aromas defumados e de frutas negras em compota com taninos equilibrados além de mineralidade e frescor; Les Abeilles – vinho doce feito com uvas muscadet Petit grain, com aromas de frutas secas (damasco) e mel.
A útima visita que fizemos foi uma experiência super diferente e memorável! Quando estava pesquisando sobre o Vale da Aosta e quais vinícolas visitarmos, me encantei com a Vinícola Grosjean. Pesquisando no seu site descobri um evento super bacana que ocorreria no período que estaríamos no Vale da Aosta: Evento Tramonti Di Vini – Fumin.
O evento era de uma degustação vertical de vinhos da uva Fumin, no meio dos vinhedos da vinícola! Numa degustação vertical, degustamos o mesmo vinho em diferentes safras, começando do mais jovem ao mais antigo. Assim, podemos notar como o tempo influi nos aromas, sabores, taninos, dentre outras características.
Foi incrível participar de uma degustação vertical de Fumin no meio dos vinhedos, com música ao vivo, no por do sol e com uma vista de tirar o fôlego. Degustamos 5 excelentes vinhos Fumin da vinícola: 2014, 2012, 2010, 2007 e 1999. Na minha opinião, a partir de 2010 nota-se aromas de evolução e taninos mais macios.
O vinho traz momentos e experiências inesquecíveis, e é por essas sensações e novas descobertas que queremos sempre aprender mais! CHEERS!
Até a próxima!
Carol e Luise
@learningaboutwine